quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Anotações para mim mesma #19: Fazendo as pazes com o passado

Hail, os "fins" de ano sempre me deixam nostálgica porque a gente acaba fazendo um balanço de como o ano que se passou foi, é inevitável. Então estou eu aqui num notebook todo carangado e me peguei pensando com meus botões sobre a vida e decidi digitar sobre.

Sempre me pego remoendo meu passado, abrindo a caixa de pandora. As vezes são lembranças boas, as vezes nem tanto, outras são saudades e algum punhado de mágoa salpicado também sempre tem. Mas isso é que nos faz crescer, ficarmos mas fortes para o ciclo começar novamente.

Remoer o passado é preciso para que se viva o presente e se pense no futuro, como a ano está em seu final, vamos pensar no que ainda está por vir. Resolvi de uma vez por todas, fazer as pazes com o meu passado, não cutucar as cicatrizes e pensar que poderia ter sido de outro jeito, afinal elas já estão na pele, não podem ser desfeitas ou esquecidas pois hoje elas me fazem ser quem sou, sem elas eu não me seria. Retirei de cima da minha caixinha de pandora as mágoas salpicadas para longe.

Estou lendo um livro muito interessante chamado Solidão do jornalista do Jornal O Estado de São Paulo José Maria Mayrinkque foi comprado em São Paulo, pra onde eu fui no último final de semana (posts sobre virão em seguida deste porque a tecnologia tá de mal comigo essa semana!!). O livro consiste em uma séries de reportagens feitas pelo jornalista sobre a solidão em São Paulo, sendo a maior metrópole brasileira, com multidões e mesmo assim a solidão habita e chega a vários de seus habitantes, desde o mendigo ao senhor de terno. É um livro bem reflexivo sobre o que a solidão representa para cada um de nós e eu estou gostando bastante da leitura o que me fez pensar bastante sobre o assunto e me fez ver as coisas de outra forma.

Várias vezes aqui no blog contei sobre depressão, solidão e minhas revoltas contra o mundo e contra todos. Pra isso que "servem" as tais "Anotações pra mim Mesma", textos reflexivos de determinado tempo que eu sempre volto para ler para saber como eu estava em determinada época, o ato de vomitar palavras me liberta e alivia um pouco minhas aflições sobre a vida. Mas muitas vezes, não sei se é meu modo de me expressar mas muitos levam o que eu digo/digito ao pé da letra ou destorcem um pouco o sentido da coisa em si, não sei, é uma questão de interpretação, não é mesmo?


Muitas vezes fiquei relutante e quis deletar todos esses meus textos, porque sendo público e ao demonstrar "fraquezas" as pessoas sempre podem usar isso contra você. Mas sendo o meu blog, algo pessoal, porque eu não posso dizer sobre o que sinto?! Qual o erro nisso?! Então continuei com os textos, porque eles me trouxeram outras pessoas que se sentem como eu, criei novos laços com elas e de certa forma ajudei e também fui ajudada.


De muitas coisas que eu aprendi esse anos é que o que as pessoas pensam ou dizem de você/sobre você muitas vezes é o reflexo delas mesma, uma projeção delas e não necessariamente a realidade o que você realmente é. Realidade essa tal subjetiva, pois cada um vive a sua, tem a sua.

Depois disso, muita coisa que estava pendente em meu passado em relação as pessoas foram finalmente finalizadas e hoje tenho uma nova perspectiva do todo. Como dizem: vivendo e aprendendo está bem correto!

Além disso, me desprendi também de muitas coisas que eu dava importância demais, que não era preciso. Quando chegamos a um ponto crucial da vida é que aprendemos o que realmente importa. Esse ano aprendi muito e sou muito grata a isso, todas as dificuldades passadas foram enriquecedoras.

Posso dizer que me tornei uma pessoa melhor... e sobre a solidão: seremos amigas para sempre, pois pra mim, a solidão serve como aquele tempo que você precisa para poder organizar as suas idéias, se entender e entender o mundo. Aprendi que preciso de meu tempo a sós comigo mesma para poder ser enfim..eu.

Batkisses  




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